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Cofen discute com mantenedora de Educação a Distância


27.01.2016

O Conselho Federal de Enfermagem recebeu em audiência, nesta terça-feira (26/01), a Kroton, mantenedora da

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Anhanguera e da UnoPar, instituições de ensino superior que, juntas, estão autorizadas pelo Ministério da Educação a oferecerem mais de 20 mil vagas graduação em Enfermagem por Educação a Distância (EaD).

O presidente do Cofen, Manoel Neri, reafirmou a posição institucional, acompanhada pelos 27 Conselhos Regionais de Enfermagem, que destaca a importância do contato presencial para a formação humanística e teórico-prática dos futuros profissionais.  “Somos contrários à formação de enfermeiros por EaD, mas estamos abertos a colaborar para melhorar o grave quandro encontrado”, afirmou o presidente

“Como cuidar sem se relacionar, desde a formação, com o paciente?”, questionou a vice-presidente do Cofen, Irene Ferreira, que participou da reunião, juntamente com a conselheira federal Dorisdaia Humerez, a coordenadora da Câmara Técnica de Educação e Pesquisa (CTEP) Valdelize Pinheiro e assessores.

Operação EaD – Condições precárias na oferta de cursos, sem laboratórios, biblioteca ou campo de estágio foram constadas na operação EaD realizada pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais em 315 polos presenciais dos cursos a distância, destacou o presidente do Cofen. Neri encaminhou relatório ao MPF e os Ministérios da Saúde e da Educação para providências cabíveis.

“Nosso trabalho de reformulação dos cursos também é resultado da operação EaD. Buscamos minimizar ou resolver os problemas apontados pelo Cofen”, afirmou o pró-reitor de extensão Mário Jungbeck, ao apresentar a matriz curricular do curso EaD.

Jugenbeck disse ainda que a instituição vai reavaliar alguns pontos apontados na reunião com o Cofen, como a ausência do contato com paciente, que é crucial para algumas disciplinas. “A carga prática de Saúde Mental não pode ser cumprida em laboratório. Boneco não apresenta comportamento mental alterado”, afirmou Valdelize Pinheiro, que leciona a disciplina na Universidade Federal do Amazonas. “Se o meu aluno terminar minha disciplina com medo do paciente psiquiátrico, não terá valido nada”.

Saturação e vagas ociosas – A oferta desenfreada de cursos foi outro ponto criticado pelo Cofen. Atualmente, mais de 90% das vagas ofertadas por EaD estão ociosas, por falta de demanda, mas a formação adicional de dezenas de milhares de profissionais teria forte impacto no mercado de trabalho, que já mostra indício de saturação, inclusive desemprego aberto.

“A formação, seja em qual for a modalidade de ensino, é um ponto crítico para o Cofen. Como conselho profissional, somos responsáveis por fiscalizar o exercício da Enfermagem, e é na prática que as lacunas na formação se revelam”, ressaltou Irene Ferreira. “Somos contrários à formação em Enfermagem por EaD, mas esta é uma realidade, já autorizada pelo MEC. É salutar que a Kroton tenha buscado este diálogo”, concluiu Manoel Neri.

 

Fonte: Ascom – Cofen

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