Campanha busca reduzir mortalidade por sepse


02.09.2015

Estudo revela que mortalidade no Brasil por sepse grave pode chegar a 55

A cada segundo alguém morre de sepse no mundo

Pelo quarto ano consecutivo, o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), com sede no Brasil, participa do Dia Mundial da Sepse, comemorado em 13 de Setembro. A ação reúne mais de 60 países e é comandada pela Global Sepsis Alliance (GSP). O objetivo da campanha é mudar o quadro cada vez mais preocupante da incidência e mortalidade por sepse no mundo. Segundo dados levantados pela GSA (Global Sepsis Alliance), surgem a cada ano cerca de 30 milhões de novos casos no mundo.

No Brasil o quadro é alarmante. Dados de estudos epidemiológicos, coordenados pelo ILAS, apontam que cerca de 30% dos leitos das unidades de terapia intensiva em nosso país são ocupados por pacientes com sepse grave; e a taxa de mortalidade pode chegar a 55% dos pacientes que apresentam sepse nas UTIs brasileiras.

Na última década, a taxa de incidência da doença aumentou entre 8% e 13% em relação à década passada, sendo responsável por mais óbitos do que alguns tipos de câncer, como o de mama e o de intestino. “Muitas são as razões desse crescimento como o envelhecimento populacional, o aumento das intervenções de alto risco e o desenvolvimento de agentes infecciosos mais virulentos e resistentes a antibióticos”, disse o Dr. Luciano Azevedo, vice-presidente do ILAS.

O profissional acrescenta ainda que em países em desenvolvimento, como o Brasil, a desnutrição, pobreza, falta de acesso a vacinas e o tratamento de forma e em tempo inadequados contribuem para o aumento da mortalidade.

O Dia Mundial da Sepse no Brasil

Na sexta-feira que antecede ao Dia Mundial da Sepse (11.09), o ILAS mobilizará cincos cidades brasileiras para ação de conscientização da síndrome que mata mais do que infarto e alguns tipos de câncer. A população de Belém (PA), São Luís (MA), Brasília (DF), Florianópolis (SC) e Belo Horizonte (MG) receberá o folheto explicativo “Pare a sepse, salve vidas”. O material será distribuído em locais de grande circulação por profissionais de saúde que estarão à disposição do cidadão para esclarecimentos. “A conscientização da população para o problema, assim como dos profissionais de saúde, é fundamental para essa importante luta que é a diminuição dos casos de sepse no mundo”, diz Dr. Reinaldo Salomão, presidente do ILAS.

As cinco metas da Campanha no mundo são:

Inserir a sepse na agenda de desenvolvimento. A Declaração Mundial da Sepse aumentará a prioridade política dada à sepse, despertando a conscientização a respeito do crescente ônus médico e econômico representado pela doença.

Mobilizar os envolvidos. Assegurar que as estratégias para prevenção e controle do impacto global da sepse sejam focalizadas naqueles de maior necessidade.

Apoiar a implantação de diretrizes internacionais de sepse. Melhorar o reconhecimento precoce e proporcionar tratamento mais eficaz da sepse, além de possibilitar prevenção e tratamento adequados para todas as pessoas em todo o mundo.

Envolver os sobreviventes de sepse e os enlutados por ela no planejamento de estratégias para diminuir a incidência de sepse e melhorar os resultados no tratamento desta condição tanto local como nacionalmente.

Assegurar que existam instalações suficientes para tratamento e reabilitação e equipes bem treinadas para o cuidado em curto e longo prazo de pacientes com sepse.

Sepse no Mundo – Destes, seis milhões são neonatais e 10 milhões por sepse materna. “É uma das doenças mais comum e menos reconhecida, tanto em países em desenvolvimento como desenvolvidos”, alerta a médica intensivista Dra. Flávia Machado, membro da diretoria.

Fonte: Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS)

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