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Coren-PB interdita atividades de enfermagem em três setores do Hospital Pedro I após identificar falhas assistenciais


14.11.2025

O Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB) realizou, nesta sexta-feira (14/11), a interdição ética das atividades de enfermagem em três setores do Hospital Municipal Pedro I, em Campina Grande. A decisão foi tomada após a constatação de ocorrências graves que comprometem a segurança dos pacientes e inviabilizam o exercício profissional dentro dos padrões éticos e legais.

A medida, prevista na Decisão Coren-PB nº 392/2025 e publicada no Diário Oficial, tornou-se necessária porque os setores fiscalizados continuaram funcionando sem qualquer melhoria estrutural, administrativa ou organizacional, mesmo após sucessivas notificações e prazos concedidos para correções. A fiscalização identificou problemas relacionados à higiene, armazenamento inadequado de materiais, falhas no controle de infecção, equipamentos danificados e número excessivo de eventos adversos, caracterizando graves inadequações assistenciais.

Antes da interdição, o Coren-PB realizou três visitas técnicas ao longo de um ano, além de emitir orientações, notificações e promover duas audiências de conciliação, oferecendo oportunidades para que a gestão do hospital implementasse as correções necessárias. No entanto, não foram adotadas medidas eficazes para resolver a situação crítica encontrada.


A presidente do Coren-PB, Rayra Beserra, afirmou que a interdição é uma medida extrema, porém indispensável diante da gravidade do cenário. “As condições verificadas representam risco iminente à vida, à saúde e à dignidade dos pacientes. Não podemos permitir que profissionais e usuários estejam expostos a ambientes inseguros, insalubres e com risco evidente de contaminação. A interdição ética é uma medida dura, mas necessária para proteger a população.”

Principais não conformidades identificadas:

  • Monitorização inadequada de pacientes graves na UTI, comprometendo a segurança e a detecção precoce de alterações clínicas.
  • Respiradores com baterias danificadas, colocando em risco a continuidade da ventilação mecânica em casos de queda de energia.
  • Estrutura física precária e condições insuficientes de higiene, aumentando o risco de contaminação e de infecções relacionadas à assistência.
  • Presença de materiais contaminados na CME mesmo após o processo de limpeza, indicando falhas no reprocessamento de instrumentos.
  • Falta de privacidade e exposição indevida de pacientes durante procedimentos, em desacordo com princípios éticos.
  • Déficit de profissionais na UTI, inclusive para assistência a pacientes em contenção mecânica, comprometendo a segurança do cuidado.
  • Pacientes com infecção generalizada sem isolamento adequado, compartilhando o mesmo ambiente com pacientes portadores de doenças crônicas devido a falhas estruturais nos espaços destinados ao isolamento.

  • Mesmo com a interdição, o Coren-PB determinou que a assistência aos pacientes já internados deve ser mantida pelos profissionais da instituição até que todos os leitos estejam desocupados, conforme prevê o Código de Ética da Enfermagem.

Ascom – Coren-PB

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